A Cia. Baiana de Patifaria
apresenta
A BOFETADA
Uma grande homenagem ao Teatro
 

Novembro de 1988. A Cia. Baiana de Patifaria estreava na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, em Salvador, sua segunda montagem sob direção de Fernando Guerreiro: A Bofetada, uma comédia plena de baianidade, que promoveu uma mudança radical no comportamento do público em Salvador, atingindo a marca de mais de 500 mil espectadores em 47 cidades do país. Em várias

temporadas (1988 a 1994/ 1999 a 2000/ 2003 a 2005 e 2007), o espetáculo teve diferentes formações em seu elenco, que incluiu nomes como Lelo Filho, Moacir Moreno, Frank Menezes, Ricardo Castro, Fernando Marinho, Diogo Lopes Filho, Igor Epifânio, Ricardo Fagundes, os paulistas Geraldo Jr. e Wilson de Santos e o atual núcleo que está em cartaz comemorando os 18 anos da montagem: Jarbas Oliver, Nilson Rocha, Bubba de Campos e Lelo Filho, que passou a assumir a direção do espetáculo.

Para arquitetar a montagem, os “patifes” foram buscar inspiração em textos clássicos da comédia brasileira da década de 80. O fio que une os três quadros incluídos no espetáculo é a discussão do teatro dentro do teatro.

No primeiro, O Calcanhar de Aquiles, a crítica e a vanguarda são os alvos. Baseado em texto do premiado autor Mauro Rasi (Pérola, A Estrela do Lar etc.) o esquete confronta uma crítica de teatro com uma atriz disposta a interpretar, sozinha, 60 personagens de uma tragédia grega.

As cenas seguintes, pérolas do teatro besteirol escritas por Miguel Magno e Ricardo de Almeida, ironizam vários gêneros teatrais em O Ponto e a Atriz e o ensino do teatro em Fanta e Pandora, onde duas loucas professoras universitárias dão ao público uma improvável aula sobre a influência de dois fonemas no teatro javanês, durante os últimos 15 dias do século XII a.C.

A Bofetada resgata o humor popular com uma embalagem cênica moderna, mas tem inspiração nas antigas chanchadas do cinema brasileiro, nos programas de auditório, no besteirol carioca e nos espetáculos de circo. Durante quase duas horas, os atores, que se revezam na composição de 12 personagens, levam para o palco o dia-a-dia de cada cidade onde se apresentam, através de improvisações – marca registrada da Cia. Baiana. A Bofetada é, antes de tudo, uma grande homenagem ao teatro através do riso, ou melhor, da gargalhada.

Transformar o cotidiano em humor rendeu à Companhia Baiana de Patifaria um vocabulário recheado de expressões populares que, pelo efeito provocado em cena, acabam adotadas também pelo público como o exagerado cumprimento característico dos habitantes do interior da Bahia - oi, qui é qui ai, como é que vai, tá boa? Adorei milhões, ô xente, hoje eu tô tão tão que nem nem, e o famoso bordão “é a minha cara”.

A Cia Baiana de Patifaria
apresenta
A BOFETADA

Ficha Técnica

Textos adaptados de
Mauro Rasi – Miguel Magno – Ricardo de Almeida

Concepção Original
Fernando Guerreiro
Cia Baiana de Patifaria

Direção
Fernando Guerreiro (versões de 1988 a 2000)
Lelo Filho (versão 2003)

Elencos
1988
Moacir Moreno, Lelo Filho, Frank Menezes, Ricardo Castro e Fernando Marinho
1992
Moacir Moreno, Lelo Filho, Frank Menezes e Wilson de Santos
1999
Lelo Filho, Frank Menezes, Wilson de Santos e Diogo Lopes Filho
2003
Lelo Filho, Jarbas Oliver, Nilson Rocha, Igor Epifânio e Ricardo Fagundes
2005
Lelo Filho, Jarbas Oliver, Wilson de Santos e Bubba de Campos
2006/2007
Lelo Filho, Jarbas Oliver, Bubba de Campos e Nilson Rocha

Figurino
Miro Paternostro

Modelistas
Dora Moreira – Lina Lemos

Cenário
1988
Miro Paternostro
1991
Eugênio Luiz – Cia. Baiana de Patifaria


Fotos
Márcio Lima – Mercury – Daniel Augusto – Lelo Filho – Marcos Motta – Fabrício Araújo

Produção
Tom Carneiro – Contraponto Prod. – Caderno 2 Prod. – Ana Paolilo –
Sean O’Flynn – Clélia Aquino – Marcos Motta – Lelo Filho – Rita Valério - Maurício Martins

 
 

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